VENHO CONCITAR-VOS…

 em Amor, Mediunidade

 

RAMATÍS /América Paoliello Marques

Da obra EVANGELHO, PSICOLOGIA E IOGA

(mensagem ao final do Capítulo 2)

 

 

Venho concitar-vos a que vos arvoreis patronos de vosso próprio progresso espiritual. Não espereis que ele vos venha de fora. Se em vós não crerdes, quem o fará por vós? Tende compaixão de vós mesmos. Não permitais jamais que a dúvida destrua vossas melhores possibilidades. Qual a razão suficientemente forte para impedir vosso progresso, se a Lei assim determina e se vós estiverdes decididos a colaborar?

Não negueis a nossa presença junto a vós, sob a alegação de que disso não sois dignos, pois seria negar a nossa boa-vontade para convosco. Somos, sim, espíritos que já transpusemos a face em que vos encontrais, mas cuja felicidade maior consiste em de vós nos aproximarmos, sentindo vosso desejo sincero de corresponder ao nosso propósito de auxiliar.

Nenhum espírito é por demais evoluído, dos que aqui na Terra viveram, para que, por vosso intermédio, se comunique. Guardamos todos um laço profundo de fraternidade, pois que do mesmo orbe auferimos as fontes do progresso e sentimos o sagrado dever de nele laborarmos indefinidamente, pelo progresso coletivo.

Confiai, pois o Senhor vela por vós e conseguirá extrair do vosso íntimo todas as vossas melhores possibilidades.

Não nos negueis jamais a vossa colaboração sob pretexto algum. Estaríeis abandonando a luta, em que são exigidas de vós a coragem e a firme determinação de procurar os melhores caminhos, embora sabendo que nessa procura há o perigo de errar.

Procurai ser humildes diante do Senhor e todos os caminhos vos serão abertos. Diante Dele todas as criaturas são iguais e é nesses termos que estamos aqui para colaborar convosco. Não vos ofusquem as claridades espirituais de que somos intermediários e que, notai bem, não são propriedade nossa.

Colocai-vos conosco, no mesmo plano de humildade, diante de Deus e é só isso que de vós esperamos para que, com as almas entrelaçadas no mais fraternal amplexo, possamos, com o coração cheio de paz e felicidade, elevar a nossa prece a Deus, por meio do trabalho infatigável.

A luz espiritual que vos banha neste momento tem por finalidade demonstrar-vos a intensidade da paz e do amor que vos envolverá quando vos situardes entre aqueles cujo único objetivo na vida é cumprir a vontade do Pai.

É grande o número daqueles que se acercam de vós, solicitando-vos para a meditação em tomo dos planos verdadeiros da Vida. Procuramos atrair-vos insistentemente ao nosso convívio e recebemos os vossos pensamentos de amor para conosco com intensa felicidade, pois o que amais em nós são os sentimentos de amor e de verdade que procuramos transmitir, da forma mais purifica da que nos é possível.

As afinidades eletivas que em vós vibram relativamente a nós, irão com o tempo, cada vez mais, se acentuando, pois que o vosso proceder mais se aproximará da conduta esclarecida e bela, que procuramos incentivar sob a forma de amor irrestrito e incondicional a tudo que se relaciona com a verdadeira vida.

Os pequeninos obstáculos que tendes vencido já vos têm servido de comprovação suficientemente abalizada para que continueis nesse trabalho definitivo, do qual nada nem ninguém vos poderá afastar. Se em vós confiais, senti-vos fortes como o carvalho que não se dobra diante das borrascas.

Não tem outra finalidade na vida a amizade, senão a de incentivar o progresso das criaturas que assim se ligam e, de mãos dadas, caminham com os olhos fixos no seu Criador, que as abençoa ao vê-las ensaiar os primeiros passos na árdua tarefa de redescobrir o amor, esse eterno motivo da vida a cuja conquista estão todos destinados.

Vibrai de felicidade ao sentir-nos junto a vós e procurai, a pouco e pouco, afinar-vos cada vez mais com os nobres sentimentos que nos atribuís.

Estaremos sempre junto a vós e o vosso sentimento de serdes imerecedores de nossa presença vos aproxima da verdadeira humildade diante de Deus, embora nos sintamos para convosco simplesmente como irmãos mais velhos.

 

ROTEIRO PARA ALCANÇAR A VITÓRIA ESPIRITUAL NO ESFORÇO MEDIÚNICO

Coragem – Domínio da mente – Triângulo

Modificar totalmente a atitude espiritual de receio diante do trabalho mediúnico. Receber, confiante, o Amor que é trazido como prova de benevolência do Pai. O médium bem-intencionado penetra a esfera de ação que lhe é destinada com um amparo excepcional, como crédito relativo às boas intenções que alimenta. Se não realiza a contento, apesar do envolvimento de Amor que lhe chega, culpe-se o receio (falta de fé e coragem) que permite vicejar em sua alma.

Serenidade – Domínio da sensibilidade – Rosa

Dominar a emotividade, evitando alimentar a alma com vibrações negativas que a viciam num padrão vibratório muito poderoso junto a situações penosas. Tudo pode transformar-se em hábito, se assim o permitirmos. A alma sensível pode, em virtude de sua natureza vibrátil, acostumar-se a uma atmosfera espiritual de tensão emocional capaz de prejudicá-la no exercício da mediunidade, pois essa requer um campo favorável às vibrações harmoniosas.

Amor – União com a vibração crística – Cruz

As duas primeiras recomendações são necessárias para que o espírito se predisponha favoravelmente ao trabalho. Entretanto, para que o realize com êxito, é preciso que atenda à recomendação máxima da Lei: ame a Deus sobre todas as coisas, desejando pôr-se a Seu serviço incondicionalmente, por ideal, com alegria, como quem ama realmente o seu objetivo, que é servir ao Pai; ame a si mesmo, realizando serenamente o trabalho de auto-renovação, tendo caridade, paciência e amor para com sua individualidade eterna, como partícula do Grande Universo e, finalmente, consiga, através da observância das duas primeiras partes, amar ao próximo como a si mesmo, por considerá-lo parte do mesmo todo de que provém.

É preciso, entretanto, aprimorar o conceito que fazemos da vibração do Amor. Ela possui uma gradação sentida com clareza à proporção que o espírito evolui. A alma predisposta ao bem sofre a atração da Força Central da Vida e, no círculo ainda denso em que se situa, é tocada por essa atração magnética, produzindo em sua sensibilidade um choque emocional que a deslumbra e arrebata. Essa é a primeira fase do Amor, a mais elementar; toma o nome de emoção e abre as portas para conquistas mais perfeitas no futuro.

A proporção que, sob o impulso inicial produzido pela emoção do contato com as forças superiores da vida, a alma envereda pelos caminhos certos, vai obtendo maior sintonia com a Luz, sentindo-a com mais perfeição. O fenômeno de sua ligação com ela deixa de possuir os aspectos vibratórios de transitoriedade, característicos da emoção, para adquirir o valor estável da categoria dos sentimentos incorporados à sensibilidade.

Essa segunda fase da manifestação do Amor Crístico expressa-se através de um estado constante de predisposição ao bem. Porém, como ainda é uma conquista em processo de consolidação, exige do espírito uma orientação voluntária constante no sentido de executar suas tarefas de acordo com a Lei.

Há nuances da vibração do Amor entre a primeira e a segunda fase, inclusive porque nenhum ser passa repentinamente de uma para a outra, mas, sim, de forma gradativa e intermitente. Durante a segunda fase, o ser ainda vibra na consciência da própria individualidade, pois, apesar de já se ter desfeito da camada dos fluidos primitivos, ainda leva consigo um véu a separá-lo da integração perfeita com o Todo. Essa fase é atingida em sua plenitude pelos homens que conquistaram na Terra uma situação de destaque no serviço à coletividade por amor ao Bem. São os iluminados, que deram testemunho de esforço constante para alcançar o esquecimento de si mesmos.

A terceira fase, porém, aquela que atinge a integração total com a pureza do Amor Crístico, bem poucos foram capazes de alcançar e assim mesmo o fizeram em determinados instantes de completa lucidez espiritual. Existe nela uma força que unifica o ser com a Grande Consciência Planetária, através do esquecimento completo da própria individualidade, para somente restar a consciência do Eu Real em sua maior grandiosa manifestação. Nela a alma não busca a confiança, a serenidade ou o amor porque ela é, de forma absoluta, todas essas vibrações no grau mais apurado que pode ser atingido. Foi assim que Jesus proclamou: “Eu e o Pai somos Um”.

Estudando as várias gradações na conquista do Amor Crístico, desejamos orientar-vos quanto à possibilidade de transformar vossas emoções amoráveis em uma estabilidade espiritual capaz de vos proporcionar as alegrias da evolução. É necessário que se faça esse aprimoramento para que o espírito não estacione no plano das emoções agradáveis, mas fugazes. Para isso, aconselhamos o exercício da orientação da emotividade pela mente vigilante, capaz de colher no campo emocional as vibrações benéficas, estendendo-as ao terreno da consciência, distribuindo-as, após purificá-las, a toda a sensibilidade, que se beneficiará com a higienização realizada pelo poder da vontade.

Passai, pois, da fase do amor-emoção para a do amor-sensibilidade consciente e esclarecida, para que no futuro chegueis à conquista de todo o vosso ser, na integração com a Luz, que é emanação do Amor em Sua Pura Essência.

 

 

 

 

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