PÁSCOA – Ramatis, abril /1980
América Paoliello Marques
Que a paz do Divino Mestre esteja com todos. Parece aos médiuns, às vezes, mais agradável permanecer captando as energias positivas que vibram no ambiente, esperando absorvê-las melhor para, então, transmiti-las. Porém, pedimos que se coloquem como simples transmissores do pensamento que surge modestamente, com a simplicidade das coisas puras e autenticas.
Paira no ar a vibração da paz e da alegria e gostaríamos de discorrer sobre a natureza da alegria que se apossa do servo sincero do Senhor.
Imaginai, com a melhor de vossa possibilidade, o que se passaria em termos intraduzíveis pelas palavras humanas, na alma do Senhor, na época sagrada que hoje comemorais. Ele o Puro dos Puros, mergulhado na ignomínia humana, na atrocidade, na pequenez, enfim, em toda negatividade dos irmãos terrenos. Teria Ele se entristecido espiritualmente? Certamente, que embora isso posse surgir aos nossos ouvidos como algo estranho, deveis meditar na alegria que se apossava do espírito do Mestre nessas horas de testemunho tão intenso e aparentemente tão doloroso. Lágrimas, dores, rompimentos de toda forma na cadeia do amor e de harmonia ocorreram no ambiente espiritual da Terra.
E dentro Dele, no interior daquela alma, o que se passou? Bem amados de nossa alma, não podeis imaginar o banquete de luz, de alegria genuína espiritual que se formou no coração, no pensamento, na sensibilidade gigantesca daquele espírito de luz.
Amados irmãos, não foi por mero formalismo que o Senhor se referiu ao vinho e ao pão como Seu corpo, servindo aos seus irmãos terrenos. Havia um banquete de luz no momento. Havia uma festa espiritual em que Ele se ofereceu inteiramente como alimento espiritual de seus irmãos.
Onde estariam a dor e o sofrimento naquela hora? Simplesmente no mundo das formas perecíveis. No mundo do espírito, cantava-se hosanas. Céu e terra se refundiam no amor, que se mostrava aos homens na forma de tempestades, angústia e negativismo. Na realidade esse fato permaneceu no mundo das formas e os homens jamais puderam identificar o que ocorreu na parte espiritual desse mundo. Um doce e suave amor vibrava redenção espiritual no mundo imperecível do espírito, porque o Puro dos Puros dava seu testemunho integral e liberava a humanidade da ignorância total em que até ali vivera.
O Cordeiro redimia a humanidade. E quem poderia estar triste quando esse sublime holocausto se fazia sentir como uma magia branca purificadora e redentora da aura da Terra?
Essa foi a forma pela qual a Espiritualidade Superior percebeu e percebe até hoje o significado dos dias que comemorais na Terra. Recolhei-vos em vós mesmos para meditar na alegria da doação plena com a qual o Cristo exemplificou a todos que viessem após Ele, a redenção por amor, a doação por alegria, por ideal, pelo simples ato de entrega total ao Amor que rege a Vida.
Meditai, amados irmãos, e segui-o de coração aberto, pois nada vos faltará enquanto o amor for a energia impulsionadora de vossos atos, pensamentos e palavras.
Dharma vos saúda para o banquete da, Páscoa com o Mestre Jesus, Paz a Dharma, com o Cristo bem amado, hoje e sempre.
Quanta sensibilidade na descrição maravilhosa de Jesus, esse Sol que ensina tanto…