SER OU PARECER?
NICANOR /AMÉRICA PAOLIELLO MARQUES
Deslocar-se orientado pelo norte interior do Amor à Verdade é a aventura a que todos se destinam. Basta que sejam aceitas as disciplinas preparatórias para que esta se faça uma jornada de alegria.
Despreocupai-vos, pois, do que possais parecer. Buscai a essência do vosso ser.
Meditai nesta palavra ser. Possui um sentido de substantivo e de verbo, simultaneamente, designando o dinamismo de que somos constituídos, quando, ao sermos designados como “o ser“, precisamos ao mesmo tempo estar impregnados da ação inseparável do fato de existir.
Ser opõe-se a parecer como o objeto à sua sombra, que pode apresentar deformações provenientes unicamente do ângulo em que a luz incide sobre ele.
Preparai-vos para distinguir seguramente ambas as partes de vossa expressão individual.
E lembrai-vos de que quanto mais vos aproximardes do Foco Luminoso menor será a sombra que lançareis até que desapareça a aparência e permaneça a realidade do ser que está em vós, integralmente iluminado pela proximidade maior do Foco Central da Vida.
*Da obra « A Rosa e o Espinho », parte III, capítulo 9, “Parecer”