NOSSA CASA MENTAL

 em Espiritualidade

PAI FRANCISCO

América Paoliello Marques

 09/1972

Precisamos fechar as portas de nossa casa mental a todas as ansiedades do momento e ouvir dentro de nossa lama os ecos da Espiritualidade. Também vos posso falar desta forma. Falar como um dos servos pequenos, humildes, da Seara do Senhor. Seja qual for a forma pela qual se apresente o meu espírito, são as lições básicas do amor e do Evangelho que servem de veículo às nossas vibrações de alegria e de amor junto ao Pai.

Pedir que possais ser alegres seja vibrando convosco na posição animada e humilde do preto-velho é o mesmo que também me dirigir a vós para dizer-vos que todas as lutas e dificuldades da vida são aparências, são exterioridades, não atingem o espírito que sabe viver consigo mesmo dentro da paz do Senhor, dentro da alegria de contar com todos os elementos de um aprendizado precioso de uma encarnação na Terra.

Saber todos os dias observar com amor e gratidão as bênçãos do Senhor colocadas em nossas mãos. Esse é um meio de neutralizar os choques das preocupações, como quem fecha as portas da casa mental para deixar o barulho e a incompreensão ficarem lá fora.

Aqui dentro da minha casa mental, do meu espírito, só está uma coisa: uma alegria, uma luz, uma tranquilidade que me vêm de saber que Ele, o meu amigo, o meu Pastor, está comigo, ajuda meu espírito a caminhar e tudo que é importante, decisivo, me vem por intermédio Dele e o resto não me importa, eu estou com Ele.

Em última análise, o que aprendemos quando cultivamos violetas (1) com amor é saber que não há necessidade de possuir um tronco alto, forte, pujante para que um vegetal viceje e alcance a luz do dia. Basta que tenha nascido, mesmo rasteiro como a violeta, para Ter seu lugar ao sol, Ter suas raízes que retiram da terra as forças necessárias, receber o orvalho e vicejar. E mesmo os espíritos tão pequenos como a singela violeta, têm o direito de participar da vida pois o Jardineiro não cuida mais do carvalho porque é grande e poderoso do que da violeta que é pequena e frágil. Ao contrário, cuida mais da violeta, que é pequenina e indefesa.

E quando pensamos que o Jardineiro cuida mais das violetas do que do carvalho, temos uma alegria muito grande em nossa vida por sermos assim pequeninos. As aflições deixam de ter o valor de antes porque sabemos que fora da nossa casa mental existe muita coisa desagradável, mas dentro dela há o amor do Jardineiro que cuida das violetas porque elas são pequenas.

Eis porque os pretos-velhos, que se julgam os menores do Universo devem se sentir felizes porque as mãos do Jardineiro se dedicam diariamente a cuidá-los. Embora o carvalho se levante majestoso, Seu amor se derrama em maior quantidade sobre as violetinhas.

Eu vos venho falar de Jesus, o Jardineiro, e dizer que os que se sentem pequenos, e por isso temerosos, se alegrem como o fazem os pretos-velhos porque nesta condição tão humilde aprendem a lição das violetas que por serem pequenas por isso são grandemente amadas e protegidas. Dizei aos irmãos desta casa que é assim que se começa a viver a vida plena da Espiritualidade quando se é pequeno, mas se sabe que se é amado e se aprende a fechar as portas da mente. Que o ruído não tem sentido quando nos ligamos ao amado Jardineiro de nossos espíritos imortais.

Eu vos deixo a minha alegria de pequenino, mas muito confiante e alegre servidor da seara de Jesus.

 

PAI FRANCISCO

 

(1) as violetas simbólicas da humildade.

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